terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

PJ Harvey - Let The England Shake (2011)


Em seu sétimo álbum em estúdio, “Uh Huh Her”, de 2004, ela, além de escrever as canções, tocou todos os instrumentos usados nas gravações, exceto a bateria. Já no seguinte, White Chalk, de 2007, ela deixou de lado seu violão e a pegada de rock alternativo para se dedicar a suavidade do piano. E agora, quatro anos depois, o que podemos esperar do novo álbum da britânica PJ Harvey?

Depois de quase um ano soltando pequenas dicas através de seu site, a cantora finalmente confirmou para o dia 14 de fevereiro – dia dos namorados em vários países -, o lançamento de seu nono disco solo em estúdio, “Let England Shake”.

Tendo parte das gravações feitas em maio deste ano em uma igreja do século XIX, na cidade de Dorset, Inglaterra, e a outra metade executada em estúdio ao vivo, ou seja, sem cada instrumento ser gravado separadamente para depois juntar tudo, o que podemos esperar é um álbum mais improvisado e espontâneo.

Além disso, as letras e composições estão diferentes. Para este novo trabalho, Harvey praticamente se forçou a compor a maioria das canções em uma harpa, na verdade três, que foram afinadas de maneira pouco convencional, para que soassem mais alternativas. Já as letras, segundo a cantora, estão menos emocionais e introspectivas e mais políticas, não no sentido literal da palavra, mas reflete sobre o ponto de vista da cantora sobre o mundo.

Com produção de Flood, que já trabalhou com nomes como U2, Smashing Pumpkins e Depeche Mode, e contribuições do guitarrista John Parish – com quem ela lançou o álbum colaborativo A Woman A Man Walked By em 2009 -, do ex-integrante do grupo Bad Seeds, Mick Harvey e do baterista Jean-Marc Butty, Harvey mostra que é uma verdadeira camaleoa do rock feminino atual, não se acomodando com o sucesso do passado e sempre inovando a cada trabalho.(colherada cultural)



Saiba o que diz a critica:


Q, Feb 2011
Victoria Segal

… aborda a história moderna pela raíz, fixando-se na guerra… e nas questões monumentais da culpa, da identidade e do território que têm pesado na psique nacional britânica desde a queda do Império.”
“…é o som das coisas a desmoronarem-se, da agulha da bússola moral a rodopiar fora de controlo.”
“O Império poderá ter ruído mas Polly Harvey é a rainha.”


Q March 2011
issue – Must Haves – Biggest 3 Albums Of The Last 3 Months:
“Etéreo e brutal, simplesmente espantoso”


Mojo, Feb 2011
Peter Paphides
“Há momentos em que é difícil não sentirmos que estamos a ouvir uma obra assombrosamente atual”
“…o feitiço envolvente da Inglaterra, um lamento pós-imperial.”
“De todas as suas muitas formas – sereia condenada do blues, implacável dama do rock, fantasma vitoriano atormentado –, esta será a mais poderosa. Confirma-se: mais do que nunca, Polly Harvey foi feita para estes tempos.”


Attitude, February 2011
Martin Aston
“Let England Shake é um lamento-celebração por uma Inglaterra perdida”
“…a música é uma fusão irrequietamente moderna de folk, canção de protesto e blues. Deus abençoe a estranha, misteriosa e grande Rainha Polly.”


Uncut March 2011
Andrew Mueller
“Harvey é uma das artistas mais intencionais e inteligentes que pegaram numa guitarra nas últimas duas décadas”
“All And Everyone poderá ser o single mais espantodo que está espantosa artista já gravou.”
“A poesia é corajosa: muitos músicos já se espalharam a tentar descrever a guerra sem saberem nada dela.”“Let England Shake éo som de alguém tão enlouquecido como enfeitiçado, a arder de fúria e paixão.”


Dazed & Confused Feb 2011
“É algo completamente diferente e não podia ser de mais ninguém. Ela é fantástica.”


Tracklist:

1. "Let England Shake" - 3:09
2. "The Last Living Rose" - 2:20
3. "The Glorious Land" - 3:34
4. "The Words That Maketh Murder" - 3:45
5. "All and Everyone" - 5:39
6. "On Battleship Hill" - 4:07
7. "England" - 3:09
8. "In the Dark Places" - 2:58
9. "Bitter Branches" - 2:29
10. "Hanging in the Wire" - 2:42
11. "Written on the Forehead" – 3:40
12. "The Colour of the Earth" - 2:32




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